ARISTOCRACIAS
18/12/2016

Resumo de um comentário de Alan Kardec extraído de suas “Obras póstumas”, de 1869: 

Aristocracia vem do grego: aristos ( o melhor ) e kratos ( poder ).

Em todos os tempos a sociedade nunca prescindiu dos chefes.

Sua autoridade foi conferida aos chefes de família, aos mais antigos, aos anciãos, em suma, aos patriarcas.

Esta foi a Primeira das aristocracias.

Com a multiplicação das sociedades, as disputas ( guerras ) entre as comunidades enfraqueceram os patriarcas, que deram lugar aos líderes mais fortes e vigorosos.


Surgiram, então, os primeiros chefes militares.


Muitos abusaram do poder e subjugaram os mais fracos.

Foi o reino da força bruta.,a Segunda aristocracia.


Esse período durou muito tempo, pois os vencedores escravizaram os vencidos e transferiam a sucessores seus bens e privilégios.

Os mais fracos, impotentes, se acostumaram com essa situação e a sociedade se dividiu em duas classes: superiores e inferiores.


Estabeleceu-se a aristocracia do nascimento, que aliada à da força bruta, criou condições legais e, até divinas, para se perpetuar no poder.


Mas, para isso, foi necessário manter os oprimidos na ignorância.

Porém, a classe inferior, obrigada a trabalhar para viver, desenvolveu a inteligência e viu com clareza a força que se lhe opunha e, sentindo-se forte, pelo maior número, aboliu os privilégios da classe dominante e proclamou a igualdade perante a Lei.

Este princípio, marcou o fim da Aristocracia do reinado do nascimento.


Elevou-se, então, uma terceira potência:

O Dinheiro.

Com ele, era possível dispor-se das pessoas e das coisas.

Era um sol nascente diante do qual todos se curvaram.

Mas logo perceberam que para conseguir riqueza, era necessário uma boa dose de inteligência e, com isso, o dinheiro foi, pouco a pouco, perdendo seu prestígio e a potência do dinheiro foi substituída por uma aristocracia mais justa:
a da inteligência.

Diante dela todos poderiam se curvar sem medo, pois ela pertence tanto ao rico quanto ao pobre.

Seria essa a última, a mais alta expressão da humanidade civilizada?

Não, pois a pessoa inteligente pode fazer mau uso de suas faculdades.


Seria necessário uni-la à moralidade.

Teríamos, então, uma Aristocracia intelecto-moral.


Mas isso seria possível, com tanto orgulho, egoísmo e cupidez reinando na terra?

Sim!

Hoje, a inteligência domina o ser humano, não há como negar.


Há exemplos de gente do povo chegando a cargos de importância.

Não seria a aristocracia intelecto-moral mais justa, lógica e racional que a da força bruta, do nascimento ou do dinheiro?

Sim, com certeza.


É preciso sonhar.
E lutar.

Sonhar não custa nada.

Lutar exige sacrifícios, paciência, perseverança e

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